questões para refletir: saúde publica

SICKO SOS Saúde : uma crítica ao sistema de saúde norte-americano.

The grass is always greener on the oher side?



Surpreendente, revoltante, desesperançoso, absurdo, humorístico (humor-negro, claro), objetivo, triste, mobilizante. Um filme tão cheio de adjetivos contraditórios provoca no telespectador sentimentos também contraditórios. Ao terminar o documentário, não consegui definir exatamente o que sentia. Se era revolta por aquele sistema, pena daquelas pessoas, tristeza... ou orgulho por ter em meu país um sistema de saúde que, longe de ser perfeito, tem por trás uma ideologia humanista, de ver o indivíduo e tratá-lo como ser completo, cheio de individualidades, necessidades e vontades. É a tal da Integralidade!
O sistema de saúde pública norte-americano, país que já foi considerado o maior e melhor do mundo, tem suas fraquezas. O "American Way of Life" já caiu por terra há um tempo e no filme vemos que a ideologia liberal, capitalista ao extremo, só tende à falência de sua própria população.
Michael Moore, com coragem indiscutível, vai a frente e leva cidadãos norte-americanos, considerados heróis por ajudarem nas buscas do 11 de setembro, então adoecidos pelos dias de busca incessante, à grande inimiga comunista Cuba, onde são acolhidos de braços abertos e recebem melhor tratamento médico do que em seu próprio e poderoso país.
Mas enfim, por que os EUA não aderem aos programas de saúde pública para atender sua população, já que são um país tão rico e poderoso? A resposta fica clara no documentário: empresários, donos de seguradoras de saúde e políticos controlam seus lucros e interesses pessoais enquanto o povo depende de suas migalhas para sentirem-se seguros. O povo norte-americano teme. Teme e paga com suas próprias vidas e de seus entes queridos pelo sistema individualista e cruel baseado em lucros e comércio de serviços em que estão inseridos.
Apesar do filme não ter citado o Brasil e o Sistema Único de Saúde aqui implantado, sabemos que o nosso país não enfrenta este problema. O modelo do SUS, mesmo com todas as suas falhas e problemas, é também exemplo de modelo de assistência à saúde e política de humanização assim como os da Inlgaterra, Canadá, França e Cuba, citados no filme.
Quando vemos o documentário concluímos que o famoso ditado na língua inglesa: "the grass is always greener on the othe side" (a grama é sempre mais verde do outro lado) não se aplica ao se falar em saúde nos EUA. Apesar de todas as falhas e corrupções no nosso sistema, creio que a grama norte-americana não está assim tão verde como a nossa.


Bom pessoal, é minha primeira postagem no blog e também a primeira em blogs, sempre tem a sua primeira vez.... enfim, escolhi postar sobre o tema de saúde publica dos EUA para refletirmos a nossa, bem, somos considerados um país emergente (ainda terceiro mundista), temos muitos problemas estruturais em nosso Estado e em nossa sociedade, a questão que proponho para a reflexão é: apesar da imensa falta de atributos básicos em nosso meio, como um país de referencia mundial como os EUA podem simplesmente negligenciar sua população e transforma-los em apenas estatística sem vida, sem nada. Por que? esse apego ao " anything for money" (tudo por dinheiro) ao invés de privilegiar o básico que é a vida, é esse o modelo que o mundo busca espelhar?, é esse modo de vida maravilhoso que resolverá os nossos problemas?
Esqueça o que esse ingênuo cidadão diz, compre um lanche no Mac e tome sua coca-cola e acima de tudo " Ame tudo isso"Ps.: Não perca as esperanças, tudo mudará quando abrirmos os olhos e lutarmos por dias melhoresPs2.: Acho que preciso de ajuda psicológica, afinal por que eu não amo tudo isso? tenho alguma coisa de errado, suspeito que deve ser que meus olhos não estão tão fechados quanto o da maioria das pessoas.

4 comentários:

Mauro disse...

Esse documentário é muito foda...
O mais massa dos documentários do Michael Moore, é que ele mostra um lado dos EUA, que a maioria de nós desconhece.
As manobras do Governo para beneficiar alguns poucos são de assustar, e isso é passado para o público de uma forma que faça com que se acredite ser uma açao em benefício ao povo.
Ótimo filme.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Ótimo blog! agradeço por ter deixado o link no perfil da Brutal Morticínio, acompanharei o blog!
Ainda não assisti o documentário, pretendo. Mas é o cúmulo do capitalismo as pessoas lá possuirem carros e não terem dinheiro para pagarem médicos ou exames. Quando pagam, o seguro de saúde não cobre grande parte dos exames e tratamentos.
Mielikki

BLASPHEMY SPREAD DISTRO disse...

Ainda não assisti esse documentário, mas já conhecia o “sistema capitalista” de saúde dos EUA. Eu não consigo imaginar como as pessoas se sentem tendo que buscar em outros países atendimento básico de saúde, vendo toda pose de soberania de seu país em relação aos outros...Humilhante!!!