Black Country Communion


I Hold, True Passion
For many years, I would listen
The heavy weight upon my chest
Like a wailing wall
(Song of Yesterday) - Black Country Communion

Aqui abro um adendo, o BCC não é necessariamente um grupo underground uma vez que basta olhar os nomes ligados a esse super projeto: Glenn Hughes (Deep Purple, Black Sabbath), Jason Bonham (filho do lendário John Bonham), Derek Sherinian (Alice Cooper, Kiss, Dream Theather, Malmsteen) e Joe Bonamassa. É um verdadeiro time de galácticos.

Mas como faz parte desse novo projeto do Resíduos Tóxicos, fazer rupturas com sentimentos paternalistas e elitistas dos auto intitulados “engajados” para com a “cultura popular”, apontando que mesmo dentre os artistas da grande indústria há muita coisa pensante e humana. Não tardaria para indicarmos um grupo fora do cenário underground.

O Black Country Communion aposta em um som voltado ao hard rock com pitadas de blues. A música do BCC não mudará o mundo, mas não tenha dúvidas que em qualidade não lhes falta nada, é um som bem gostoso e vai remeter aos bom tempos de rock.
O legal desses caras é sua vinculação com algumas coisas em relação a direitos animais nos EUA. Entre doações para ONGs que trabalham com animais abandonados há ajuda em resgates a animais, como por exemplo, um leão marinho (Glenn Hughes comenta sobre isso nas páginas da RODIE CREW n 156). Também é bacana citar que os músicos do Black Sabbath onde Gleen tocou tem bastante engajamento com tal causa sendo Ozzy Osbourne, Bill Ward e Geezer Butler vegetarianos e no caso do Ozzy e Bill ambos veganos. (Não, não é uma publicidade pró vegetarianismo ou coisa do tipo, é um destaque para o engajamento as causas dos músicos que ao invés de usar redes sociais para publicar "minha comida caga na sua" realmente se envolvem e trazem consigo essa bagagem bem legal e humana independente de vegetarianismo)
É... Bem na contra mão da grande indústria cultural brasileira e estadunidense que tem no rodeio o carro chefe de poderio, extremamente vinculado a cervejarias poderosas e a valores como machismo e o racismo (basta analisar a representatividade da figura, construída, que é o “cowboy”).
Um frescor de boas ideias de um bom grupo da grande indústria. Mesmo dentro de uma estrutura pra lá de viciada pode haver, mesmo que sutil, rupturas pontuais. E música boa!

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