Gamma Ray – Money (Traduzida)
“Eu não
preciso de dinheiro
Eu me
prenderei aos meus ideais
É melhor você
conseguir algum dinheiro
É melhor você
conseguir um negócio
Não vou mudar
meus hábitos e jogar tudo pro alto
Não, não, é
melhor você deixar tudo arrumado
Para o outro
dia
Dinheiro -
uh, yeah
Isso só me dá
nojo
E faz as
pessoas se tornarem idiotas
Isso só te dá
poder
E o poder dá
as cartas
Não quero ser
um bundão
Que se senta
em notas de dólares
Ha, ha, ha,
eu sei que você aceitará
Não importa
como se sinta
Dinheiro -
uh, yeah
Nada se
consegue de graça, ilusão ou realidade
O espelho dos
seus sonhos é feito de grana
Isso me deixa
louco e me deixa puto
Me faz
engordar e me deixa preguiçoso
Qualquer
coisa que você queira, que você precisa
Qualquer
coisa que você queira, que você precisa
Se eu tivesse
um pouco de dinheiro, eu me sentiria bem
É o dinheiro
que comanda o mundo
É o dinheiro
que ilumina o dia
É o dinheiro
que faz tudo funcionar
É o dinheiro
que faz você viver!
Dinheiro,
dinheiro, dinheiro, dinheiro
Me dê
dinheiro - todos querem um pouco
Todos
precisam de um pouco
Eu quero mais
Você quer
mais
Nós queremos
mais
Eles querem
mais
(...)”
Dessa vez vou deixar um pouco o olhar histórico de lado, vou buscar um
olhar mais “street”, permeado por algumas curtas reflexões.
Essa letra expõe a mentalidade monetarista que permeia a civilização
ocidental. O dualismo “ética x acumulo de capital” na qual desde cedo somos
direcionados por toda essa estrutura. O capital e seus sustentáculos como a
indústria cultural e a sociedade do espetáculo nos guiam rumo à crença da
hegemonia do mérito, do monetário e do individualismo. Mas existe mérito em uma
sociedade excludente? Mérito em esmagar os oprimidos? Mérito em ser um boçal
morador do Home Boutique?
Somos todos os dias bombardeados por propagandas que visam nos tornar
consumidores de uma engrenagem que nos coloca como massa de manobra. Culpamos a
popularização de consumos enquanto na verdade o desafio é o acumulo. Tornamos-nos
apáticos, com medo, preguiçosos para agir, para pensar, mas não ao consumo... O
“consumo revigora”. Ou como Herbert Marcuse diria: “O homem unidimensional é
conformista, consumista e acrítico. Ele se acha feliz porque a mídia diz que
ele é feliz e, quando se sente triste, vai ao shopping, fazer compras”.
Marx comenta em seu trabalho “o Capital” (vol. 1) que, a mercadoria tem
valor proporcional ao valor atribuído pela sociedade e não pela origem ou
propriedade física. A isso se dá a alcunha de fetichismo, mas o fetichismo
direcionado pela mídia? Quando se apropriam do conhecimento para romper com tal
amarra? Resta o que?
“Não quero ser um bundão
“Não quero ser um bundão
Que se senta
em notas de dólares”.
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