Entrevista com a banda The Force (Paraguai)




A título de curiosidade indique as 10 favoritas bandas de qualquer gênero do rock pesado:
1-Black Sabbath
2-Judas Priest
3-Motorhead
4-Saxon
5-Angel Witch
6-Riot
7-Venom
8-Exodus
9-Destruction
10-Thin lizzy


  1-    Primeiramente gostaria de saber sobre a história da banda. Principalmente no período de formação e consolidação do grupo.
Mike: Saudações amigos do Resíduos Tóxicos! The Force nasceu em março 2007, logo após a dissolução da banda Overlord. Inicialmente nossa nova banda estava formada por Mike Martinez (vocal, guitarra), Sebass Roman (Baixo), Carlos Carvallo (Guitarra) e Cèsar Ferreira (Baterìa), foi com essa formação que nós gravamos a primeira demo “Old School Metal Onsluaght”, com quatro músicas, que lançamos em dezembro de 2007. A ideia era continuar fazendo o mesmo estilo de Speed/Thrash Metal que fazíamos com nossa banda anterior, mas incluindo muita influencia de NWOBHM e Heavy Metal dos anhos 80. Acho que o estilo do The Force nasce principalmente de essas influencias. Quando lançamos o primeiro álbum “Possessed By Metal” acho que os headbangers já puderam conferir esse som em músicas como “Heathen’s Attack” e “Long Live The Metal Gods”, mesmo assim, acho que o primeiro disco é o mais agressivo da discografia da banda. Já com o segundo play “Nations Under Attack” estava mais consolidado ainda o metal que caracteriza a The Force.

   2-    Vocês fazem parte de um cast bastante seleto que é o da Kill Again Records (o cast ainda tem nomes como Corpse Grinder, Violator, entre outros), como surgiu e como está a parceria com o selo brasileiro?

Mike: O chefe da Kill Again, o legendário Antônio Rolldão já conhecia nosso trabalho com Overlord, e gostava do Thrash que a gente fazia. Quando postamos a primeira demo de The Force em nosso myspace, ele ouviu e nos contato para lançar o primeiro full lenght pela Kill Again Records. Para nós foi muito importante ser parte do cast, grandes bandas e com muito respeito no underground formam parte desse selo, e para nós trata-se de uma grande honra e grande responsabilidade estar à altura. A relação com o selo é a melhor, é trato de headbanger a headbanger, crescendo junto e trabalhando firme!



   3-    Fale-nos um pouco sobre o último trabalho de vocês: “Stormwarnig” (2013).

Mike: O processo de composição das músicas já começou em 2011, a usina de riffs foi sendo trabalhada no máximo da capacidade e durante 2012 fomos trabalhando nos arranjos e as letras. A gravação começou março de 2013. “Stormwarning” é o disco com mais matrizes metálicas da carreira do The Force, você pode ouvir Speed Metal, Thrash Metal e Heavy Metal, tudo isso passado pelo liquidificador de aço da banda, saindo assim um metal da mais pura raiz: pesado, rápido e insano metal tradicional. A Kill Again lançou o disco em Novembro de 2013, e as primeiras 200 cópias eram acompanhadas de um pôster de presente.



  4-    Gostaria que escolhessem uma letra de uma música do novo trabalho, para comentar as ideias que quiseram expor enquanto a compunham.

Mike: “Flames” e “Eternal Rage” tem uma temática parecida, elas falam de lutar pela própria identidade em tempos em que muitos avances tecnológicos fazem as pessoas atuar como zumbis sem liberdade. São como uma chamada a resistir o controle das massas, primeiramente você protegendo seu direito de individuo e não deixando a mídia e a internet puxar um monte de lixo no seu dia a dia, existem muitas alternativas, é só ir e procurar o seu próprio caminho, você não tem que seguir os padrões da massa, você pode achar algo que permita você viver plenamente sem cair no jogo dos que ditam as regras...Ou mesmo as regras que a sociedade se impõe.


  5-    Socialmente falando, como é vista e comentada a cena de heavy metal pela comunidade paraguaia? Existe alguma opressão policial e civil ou é relativamente tranquila essa relação?

Mike: Em tempos da ditadura militar (1954-1989) existia muita opressão policial para os rockers, eu comecei assistir shows de Heavy metal em 1994, a democracia já era uma realidade. Acho que tanto tempo vivendo em ditadura fez com que a sociedade Paraguaia na maioria tenha um grande desprezo por tudo que e diferente... Os headbangers são sempre marcados como seres antissociais, drogados, satânicos etc.. Mas acho que finalmente as coisas estão mudando, pela primeira vez em Paraguai estão vindo para tocar grandes bandas como Iron Maiden, Slayer, Possessed, Hirax, Kiss etc. Um fato inédito até agora, e isso tal vez faz com que a gente aceite o Heavy metal como mais uma forma de expressão artística.

   6-    Como é o cenário underground em seu país?

Mike: O cenário talvez seja pequeno em infraestrutura (selos, revistas, zines tem poucos), mas é grande em paixão das bandas de todos os estilos. Acho que são as próprias bandas que fazem grande o cenário, trabalhando firme, fazendo contatos e fazendo um fudido metal! EVIL FORCE, SLAYGROUND, 220 VOLTIOS, PATRIARCA, SACRO, ARCANO, MASTERMIND, KHYMOR, UNDER ASSAULT, WIBAUL ATTACK, CACERÌA, KHYRON são grandes bandas que eu recomendo conferir.



   7-    E como está a agenda de shows para 2014?

Mike: Já temos alguns shows locais marcados, mas realmente gostaríamos de tocar muito em Brasil este 2014, somos uma banda nascida para tocar metal ao vivo!


  8-    Pessoal, obrigado pela atenção. Acompanho o The Force há algum tempo e é uma honra entrevista-los. Deixem suas considerações finais aos nossos seguidores!

Mike: Muito obrigado pela entrevista! Esperamos que gostem do nosso novo cd, ele foi feito com toda a paixão pelo mais puro metal, e se formos a tocar a sua cidade, vem nos conferir, você não vai ficar desapontado, e de passo trocamos ideias e bebemos uma cerveja.
Contatos
info@theforceband.com

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