Entrevista com a banda Dragonheart
RxTx (Fábio) 1- O Dragonheart foi uma banda que começou chamando a atenção de grande parte da cena nacional, conseguindo muito destaque em importantes zines como a extinta Valhala. Mas em seguida a banda deu uma boa sumida... O que aconteceu nesse período? E porque essa “sumida”?
André
Mendes (Dragonheart) – Essa é uma questão que ouvimos
com frequência de boa parte da imprensa, de amigos, dos fãs da banda e nos
sentimos felizes em respondê-la por que denota o respeito e o reconhecimento
que nos dão. Em 2005 lançamos o “Vengeance in Black” e em 2008 a compilação
“When the dragons are kings”. Após isso precisamos dar uma parada com as
atividades da banda. Para todos os músicos que tocam heavy metal no Brasil
existem as mesmas dificuldades: Bairrismos dos produtores de show, baixo
orçamento das gravadoras que apoiam as bandas, precariedade estrutural nos
eventos, dificuldade de exposição numa mídia mais ampla e o advento de novas
tecnologias de mídia que minaram quase que por completo o interesse do público
pela mídia física e sua subsequente aquisição. Todos estes fatores tornaram
inviável a profissionalização das bandas undergrounds, por que o custo e
manutenção de uma banda são bem altos. Nós chegamos numa fase da vida em que
precisávamos dar atenção às carreiras profissionais e às famílias. Paralelo a
tudo isso, para cada um dos integrantes e suas respectivas vidas pessoais veio
um turbilhão de problemas e compromissos familiares e pessoais. O Marco e o
Marcelo tiveram que acompanhar de perto problemas de saúde na família, o
Maurício assumiu novos compromissos profissionais que o forçaram a viajar
bastante pelo país e eu assumi uma carga de trabalho bem alta, pois sou
professor. Por volta de 2010 o Marcelo mudou-se para São Paulo para cuidar da
família e isso dificultou sua continuação na banda. Ele também teve que cuidar
de problemas sérios de saúde. Em 2010 surgiu um convite para tocarmos juntos
com a banda Iced Earth e o Marcelo não poderia estar conosco, pedindo então
para sair da banda, entrando o Thiago Mussi, que vem nos acompanhando até
agora.
Apesar do afastamento do Marcelo das baquetas da banda, o
contato com ele é frequente e ele continua dando contribuições significativas
em letras e composições.
RxTx
(Fábio) 2- Como estão as atuais atividades da
banda?
André
Mendes (Dragonheart) – Estamos ensaiando bastante. Este
ano de 2012 vem sendo bem produtivo neste sentido. Recentemente tocamos no Die
Fight Festival, em Sorocaba, organizado pela produtora e Selo Die Fight, dos
produtores que viraram nossos amigos Jean e Marcio (um grande abraço, pessoal).
Estávamos bem parados até então. Este foi o terceiro show com o Thiago.
Anteriormente havíamos aberto os shows do iced Earth e Virgin Steele em
Curitiba. Pintou o convite para tocar em Sorocaba, preparamos um set list que
incluía música nova. A recepção do público da cidade foi muito boa e nos deu um
ânimo a mais. A estabilização nas carreiras e nas questões familiares, junto
com esta nova energia vinda do interior paulista, nos deu a força necessária
para voltarmos aos ensaios, tentar divulgar novamente a banda e tocar mais
vezes. Concluímos os processos de composições das músicas novas e estamos super
empolgados com o resultado. Em 2013 fizemos o show do Guaru Metal Fest, com
várias bandas. Para mim foi muito legal poder ver ao vivo o Vulcano. Agora em
2014 fizemos o show da festa de 23 anos do programa Stage Diving, em Presidente
Prudente. Gravamos o álbum, mixamos e masterizamos. Faltam alguns detalhes para
podermos lança-lo efetivamente.
RxTx
(Fábio) 3- “Throne of the
Alliance”(2002) pode ser considerado um clássico do power metal brasileiro.
Poderiam comentar um pouco sobre esse importante trabalho?
André
Mendes (Dragonheart) - Quando o Throne foi lançado eu
ainda não estava na banda, mas circulava nos mesmos meios que o Marco, Marcelo,
Maurício e o Eduardo. Um dos roadies da banda bem amigo meu me mostrou a
gravação finalizada antes do álbum ser lançado e lembro que falei “caramba, que
produção hein, os caras acertaram em cheio”. Para mim, que até então era de
fora, aquele álbum apresentou as características de um material que fatalmente
seria lembrado por bastante tempo. Até 2002 eram poucas as bandas brasileiras
de heavy metal que haviam conseguido um trabalho de produção com um estúdio
estrangeiro de altíssimo nível, bem como uma arte de capa daquele porte. Na
época, eu fiquei muito orgulhoso por saber que a banda que tinha atingido
aquele grau de qualidade era da minha cidade e pessoas próximas a mim. Sequer
imaginei até aquele momento que eu faria os shows de divulgação daquele álbum,
o que também foi um motivo de orgulho a parte. Logo em seguida, o Eduardo saiu
da banda e este amigo em comum sugeriu um teste comigo. Fui escolhido por que
tocava e cantava simultaneamente, o que era critério essencial para os rapazes.
Fizemos ótimos shows divulgando aquele álbum. Posso não tê-lo gravado, mas
sinto que de alguma maneira, faço parte daquela história.
RxTx
(Fábio) 4- Ainda
falando sobre “Throne of the Alliance”, a banda nos traz uma capa sensacional
desenhada por Andreas Marschall (Blind Guardian, Grave Digger, Hammerfall e
outras). Como foi esse contato? E como rolou a elaboração da capa, vocês
chegaram a sugerir algo?
André Mendes (Dragonheart) – O Marco
conseguiu o contato com o Marschall através do William, da HTR. Trocaram alguns
e-mails nos quais foi apresentado o conceito da trilogia e esboçado algumas
ideias, a partir de rascunhos que o Marco delineou. Depois disso o Marschall
foi trabalhando e gradativamente apresentando os resultados.
RxTx
(Fábio) 5- E quanto
a um novo cd de inéditas? (se há algum planejamento, vocês poderiam nos
antecipar algo?).
André
Mendes (Dragonheart) – Este é o nosso foco no momento.
Ensaiamos rotineiramente todas as sextas. É o melhor dia para fazer isso, pois
todos voltam cansados dos seus respectivos trabalhos, algumas vezes em “dias de
fúria”. Vamos ao estúdio, abrimos umas latinhas de cerveja, nos saudamos e
começamos a trabalhar nas ideias que cada um traz e apresenta. A carga de
cansaço por uma semana de trabalho se converte em raiva, fúria, pura energia
heavy metal que é canalizada para os riffs e é por isso que acho a sexta feira
perfeita. Saímos dos ensaios alegres e felizes, um pouco por conta do alívio
gerado por fazer o heavy metal que tanto gostamos, outro tanto por conta da
cerveja que bebemos (se alguma marca de gelada quiser nos endorsar, ficaremos
gratos).
Muitos comentaram que houve uma mudança grande do Throne
para o Vengeance, que a banda havia ficado mais pesada, mais furiosa, enérgica,
porém, sem perder sua identidade. As músicas apresentam a tendência de
continuidade nesta direção. Já estamos com o álbum pronto. Só falta acertarmos
alguns detalhes de prensagem e distribuição. A divisão de vozes continua viva.
Eu confesso que todos estamos extremamente empolgados com os resultados.
Algumas influências que cada um de nós possui estarão mais evidentes. Eu mesmo
deixei aflorar minha admiração musical por Tony Iommi na música Black Shadow,
que já é conhecida do público, pois tocamos ao vivo algumas vezes entre 2009
até agora. Kill the Leader é outra que já foi até pedida. Por hora, vou
antecipar também que estou gostando muito da música “Time Will tell” e “Inside
the enemies mind”, a qual o Marco canta com uma fúria ímpar, perfeita para os
fãs do Udo e do Jon Oliva.
RxTx
(Fábio) 6- Um dos signos do heavy metal
é a rebeldia, é não se encaixar nos moldes do status quo dessa sociedade
tecnocrata. O Dragonheart pode não ter letras falando de política
contemporânea, mas inspira determinação e rebeldia com seu heavy metal. Como se
sentem movimentando esse sentimento na vida de milhares de headbangers?
André
Mendes (Dragonheart) –
Tocar heavy metal no Brasil já é em si um ato subversivo, e para uma parcela
significativa de pessoas que conhecem pouco sobre o gênero, é também algo
anti-nacionalista. De certa forma, tocar metal é tentar manter distância
da “linha evolutiva” da música.
Apesar de nossa temática lírica estar atualmente ligada
ao universo de fantasia e mitologia, derivado do folclore europeu, há de ser
considerado o fato de que fazemos no Brasil uma música
completamente outsider.
O padrão hegemônico para pensar a música e a cultura
brasileira tornou-se a apreciação e o consumo por aquilo que é popular, mas ao
mesmo tempo, mesclado com uma linguagem estética de fora. Este padrão já foi
definido há algum tempo atrás por diversos movimentos estéticos, a destacar os
modernistas e a releitura disso feita nos idos anos 1960.
Também há quem considere qualquer criação musical que se
paute unicamente por uma estética de fora como algo “não brasileiro”. Bem,
nossa pretensão nunca foi tocar algo ligado a tradições estéticas brasileiras,
mesmo antes de eu entrar na banda, mas isso não traz em si, um repúdio à música
brasileira.
Mas não se trata também de repúdio puro e absoluto ao que
se é produzido e consumido atualmente em grande escala. Houve um tempo em que
de fato havia uma característica diferente na música brasileira, e que aos
olhos de muitos saudosistas nos leva a concluir que o atual momento da música
de massas no Brasil é no mínimo, patético.
Cresci ouvindo música brasileira, caipira, choro,
milongas, xotes, guarânias, vaneiras e fandangos. Eu prefiro pensar que desde
quando surgiu a indústria fonográfica voltada para uma sociedade de massas, a
qualidade estética sempre foi assim, alternando entre a excelência e o
sofrível. Alguns artistas conseguiam e conseguem ter uma autonomia criativa em
relação às indústrias culturais e por isso puderam produzir algo de qualidade,
pois não aceitavam a intervenção do dono da gravadora, voltado apenas para um
mercado. Mas, o fato é que não são os artistas de hoje que criaram o lixo de
hoje. Ele sempre existiu.
Quando eu era criança já podia ver que estas coisas ruins
que a grande mídia criava eram a unha encravada da cultura musical brasileira.
Trio Los Angeles, Gretchen, Vini, Latino, É o tchan, Lacraia, Anita, essas
coisas todas estão ligadas por uma linha evolutiva do que posso pejorativamente
chamar de lixo cultural brasileiro. Há hoje em dia uma tendência a romantizar a
música de antigamente e até cultos às bizarrices surgem. Não acho esse culto
legal.
Anos atrás conversei com um amigo que falava: “como é que
hoje em dia podem cultuar a música da Gretchen, Wando, Magal? Essa geração que
revisita estes “ídolos” hoje não faz ideia de como era insuportável nos anos
1980 ligar a TV, que era basicamente a aberta, e ter que ficar engolindo isso o
tempo todo, a força”.
Isso me leva a concluir que os tempos de hoje são ótimos,
pois temos diversos canais para acessarmos as músicas que queremos. Ninguém
precisa ficar vendo programas de auditório de domingo para visualizar seu ídolo
na TV. Basta ir ao youtube.
Normalmente me perguntam “por que você não toca uma
música brasileira?”, eu sempre respondo: “Qual música?”. Normalmente me falam
para tocar algo ligado às grandes tendências do mercado fonográfico de massas e
ai eu digo “Isso não é brasileiro. Se para ser brasileiro é preciso tocar isso,
falar de camaro amarelo e bunda, ficarei fazendo heavy metal cantado em inglês,
preservando a fidelidade junto ao público conquistado. Talvez, quem sabe um dia
no futuro, mas não com o Dragonheart, eu venha a compor em português, mas
garantindo o completo controle sobre a minha produção. Hoje, com a Dragonheart,
toco heavy metal, primeiramente por que amo o estilo, me identifico com ele,
mas também, por que rejeito a baixa qualidade das “mais pedidas do rádio” e
esse rock colorido e pouco honesto.
RxTx
(Fábio) 7- “When the dragons
are kings: The first tem years” (2008) foi uma forma de muito bom gosto de
comemorar os 10 anos de banda. Como foi elaborada a montagem desse material?
André
Mendes (Dragonheart) – Durante estes anos todos nós
fizemos várias pré produções, gravações, filmagens, versões. Estas coisas
ficavam apenas entre nós mesmos. Assistíamos e ouvíamos nos nossos churrascos e
cervejadas. Amigos presentes sempre diziam “pô, uma hora vocês poderiam lançar
isso hein”. E isso foi ganhando força. Eu sempre fui apreciador de várias
músicas do “Underdark” e muitas vezes dizia para os caras da banda que adoraria
ter gravado algumas daquelas faixas. Quando estávamos para comemorar os 10 anos
surgiu esta ideia e pusemos em prática. Para a faixa “When the dragons are
kings” utilizamos outra afinação, com mais peso, que veio a se tornar o padrão
para as faixas do próximo álbum. Regravamos três faixas do Underdark”, que
ficaram ótimas e depois, inserimos versões demo e com outras masterizações e
mixagens. Resgatamos algumas gravações da primeira Demo da banda, que era algo
que muitos fãs solicitavam. O Maurício é o nosso arquivista da banda. Ele tem
muito material de gravações, fotos, vídeos. O HD dele é praticamente um livro
de história da banda. Ainda tem muita coisa, que com o devido tempo, será
disponibilizado ao público.
RxTx
(Fábio) 8. André, você tem um posicionamento
político-social bem claro. E para ajudar você é professor de história. Como
você interpretou as manifestações que aconteceram (não só em redes sociais, mas
nas ruas São Paulo com 2500 pessoas) de alguns grupos pedindo Impeachment de
uma presidenta eleita democraticamente e pedindo uma intervenção militar em
nome de uma democracia?
André
Mendes (Dragonheart) – Primeiro, não sei se ser
professor de história ajuda. Às vezes eu sinto que é um fardo. As pessoas
sempre esperam de um professor um argumento que corrobore muitas “verdades” que
são apenas senso comum e, ao discordamos, até nossa índole é questionada. Não
aguento mais ser chamado de “comunista de Iphone” (até por que nem sou
comunista), e normalmente respondo “Meu, não fala merda. Você é de direita, mas
não vi você abrir mão de direitos trabalhista”. Ou então eu rebato “fica ai
defendendo o Estado mínimo, mas sonha ser aprovado num concurso público”.
Argumento bobo, rebato com argumento bobo. Segundo, o que escrevo aqui não é o
posicionamento da banda, é único e exclusivamente meu.
Tivemos um ano bem agitado e as eleições foram as mais
tensas que eu já observei. É inegável que existe um sentimento generalizado de
insatisfação com a política como um todo, mas com os partidos de esquerda em
particular. Muitos dos brasileiros viram durante anos o PT batendo na tecla do
combate à corrupção, criticando as medidas liberais, fazendo uma defesa da
classe trabalhadora contra uma imoralidade do poder econômico em geral e de sua
representação política, o PSDB e o PFL (hoje DEM). O fato é que as reformas
feitas pelo PT estão ai, são visíveis. Modificou e muito a cara do país. Se me
permite me alongar na resposta, cito o caso de um tio meu que recentemente
comentou comigo que foi apenas na última década que pobre teve acesso a crédito
e, com isso, ele pôde comprar um caminhão para trabalhar. Hoje ele tem dois
caminhões e é completamente autônomo. Anos atrás dependeria de um patrão pouco
amigável em alguma transportadora. Não temos como negar que neste país as
oportunidades foram criadas.
Mas o fato é que o PT falhou e muito na hora de combater
aquilo que no nosso inconsciente coletivo pesa como maior dos problemas: a
corrupção. O grande problema que o PT construiu foi heroicizar gente que
tinha culpa no cartório. Poderiam ter dado uma lição de moral. Poderiam ter
dito "são nossos amigos, mas devem ir para cadeia". Teria aproveitado
uma oportunidade histórica de dar o primeiro passo rumo a acabar com a mancha
de impunidade que historicamente nos cobre. Isso teria dado autoridade moral
para, inclusive, colocar os torturadores da ditadura na cadeia. Nessa o Lula
falhou e muito.
Noto então que muitos dos que querem o PT fora do poder
tem este sentimento e ele é legítimo em si mesmo. Ingenuidade é acreditar que o
PSDB, envolvido em tantos escândalos tão graves quanto o mensalão, é a
alternativa viável e que um impeachment é o caminho. Eu fui um cara-pintada nos
anos 1990 e, por mais que minha memória seja falha, recordo-me bem que havia
provas documentais, gravações de telefonemas, cheques, enfim, documentos que
comprovavam a corrupção do Collor. Isso não passou batido pela sociedade, até
por que o presidente teve uma atitude bem combativa ante as acusações.
Querer não ter um governo da Dilma, para mim, legítimo. O
problema não é esse. O problema é querer que ela saísse através de impeachment
com base em qual prova? Se há indícios de que ela está envolvida, que se prove;
que seja julgado, que ela saia. Acho justo. O que não pode haver é um
denuncismo barato e golpista, tipo o da Veja. Aquilo são calúnia e difamação.
Um processo que corre em sigilo de investigação na justiça não pode ser
acessível a uma revista com zero de idoneidade.
Com relação a quem defende intervenção militar, a
situação é mais complicada. Para mim é ingenuidade no estado mais puro ou é
canalhice das mais baixas e vis. Querer negar as atrocidades da ditadura é como
negar o holocausto, a inquisição, o tráfico negreiro. Ou é falta de qualidade
de ensino, ou mau caráter. A força do movimento em São Paulo vem, sobretudo, de
um ideário regionalista presente na educação dos paulistas e paulistanos. É a
Ideologia da Paulistanidade, muito bem analisada pelo historiador Luis Fernando
Cerri (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01881998000200007)
A identidade regional, que em São Paulo é muito
forte, fruto da autonomia gigantesca que o Estado teve na República Velha e que
lhe deu condições de consolidar, até a Era Vargas, um projeto político de
hegemonia frente às outras regiões do Brasil. É um sentimento construído, mas
não deixa de ser real. O “non ducor, duco” é vivo, não é apenas slogan. Quando
a população de São Paulo se sente preterida em relação a outras regiões do
Brasil, em especial, ao nordeste nesta última década, este sentimento vem a
tona, uma vez que o sistema educacional de São Paulo foi muito eficiente na
hora de ensinar este nacionalismo paulista. O anti-petismo em
São Paulo bebe muita água dessa fonte. Mas, obviamente, o “Fora PT” extrapola
as fronteiras regionais. Aqui no sul é muito forte. Confesso que como
observador e pesquisador, sinto-me mais a vontade de olhar este fenômeno em São
Paulo, por que vejo “de fora”. Para quem está dentro da “bolha sulista” é mais
difícil interpretar o que está acontecendo aqui. O Paraná em especial nunca se
afastou do coronelismo. Temos as mesmas oligarquias no poder há mais de um
século. E também, parece-me que um pouco da retórica paulista de hostilidade ao
nordeste também ecoa por aqui e isso deve vir muito do poder dos meios de
comunicação de São Paulo, que tem grande penetração no Paraná. Mas não me arrisco
a assinar embaixo desta tese.
RxTx
(Fábio) 9 - Pessoal, obrigado pela entrevista é uma
honra entrevistar uma banda com o legado do Dragonherat, da qual sou grande fã!
Espero que tenham gostado, por favor, deixem suas considerações finais aos
nossos seguidores!
André
Mendes (Dragonheart) – Nós é que agradecemos ao blog Resíduos
Tóxicos a atenção dada ao nosso trabalho e ficamos felizes com seu carinho e
respeito para com a música do Dragonheart. É o apoio que vem desse tipo de
iniciativa que nos motiva a dar continuidade ao nosso trabalho. Um grande
abraço.
https://www.facebook.com/dragonheartofficial/?fref=ts
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