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Mostrando postagens de março, 2012

Entrevista com a banda Halloween (EUA) uma das lendas do metal underground.

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  RxTx (Fábio) - Primeiramente não posso deixar de perguntar sobre o novo trabalho: “Terrortory”. Ouvi algumas coisas no site da Pure Steel e devo confessar que este álbum me surpreendeu. O que podem falar sobre ele?   Halloween – Temos vindo a trabalhar neste disco há vários anos e estamos muito felizes que ele está finalmente terminado e liberado. Passamos por um monte de momentos difíceis durante a gravação deste último CD. Nosso guitarrista quase morreu (algumas vezes) e ele teve que passar por uma grande cirurgia (transplante de fígado), e, além disso, estávamos quebrados e tentando auto-financiar todo o projeto, e levou 4 anos para ser concluído . O CD (TERRORTORY), é uma combinação de músicas novas e um punhado de pequeno e longos títulos perdidos que nunca foram gravados quando eles foram escritas. Nós gostamos de voltar no tempo e reviver algumas das canções mais velhas, porque elas ainda são relevantes, ainda gosto delas, eles ainda me fazem sentir-me bem ao toca-las

Filme: O Porto

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O porto é um filme dirigido pelo cineasta finlandês Aki Kaurismaki, e narra uma história bastante real e contemporânea, principalmente em tempos de crise e ameaças de recessão econômica na Europa. O filme se passa na simpática cidade litorânea de Le Havre, e tem como protagonistas o engraxate Marcel Marx, um típico cidadão pobre francês que com a crise econômica beira sutilmente a miséria, mas com boa formação em princípios humanos (guarde isso, será importante ao longo da história) e o jovem Idrissa, um jovem de boa formação, vindo de uma colônia africana tentando chegar a Londres onde sua mãe está trabalhando para uma fábrica chinesa. Em meio a essa interessante amizade está à comunidade do bairro de Marx, a truculenta polícia de imigração francesa, em muitos momentos veremos que não é regalia de São Paulo com Pinheirinho ou Cracolândia a violência policial para com grupos desfavorecidos da posse do capital, o investigador de polícia de Le Havre, um homem misterioso em relação

Praia de Vômito

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“- Eis o Povo! Maltratado, Andarilho, Iludido... - É o Povo! Descalço, Maltrapilho e Faminto... - E não importa agora o que diga a Globo, A Veja ou A Bíblia... - Nossa herança ficará para as moscas ao findar dessa Ciranda! "Então, voa o primeiro pedaço de pau na direção de suas tropas...". Finalmente perceberam que são pessoas aqui! Trabalhamos, cultivamos, merecemos e nunca nos deram ouvidos... Se a terra for somente mais uma benção Até o Palácio de seu Deus será tomado de Assalto!" Ciranda das Chibatas – Praia de Vômito Que banda! Haha, eu começo já rasgando elogios porque se trata de um dos grupos que mais curti conhecer nos últimos anos! Grindão de primeira na melhor escola do grindcore nacional: pauleira sonora e letras pesadas e densas. Particularmente sou muito fã desse som, inclusive fiz um pôster do grupo com a capa de Mondo Favela hehe. Aqui a proposta é fazer um caos harmônico nas músicas. Protesto consciente e bem elaborado desde as letras,

Blind Willie Johnson

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“A motherless children have a hard time Motherless children have a hard time, mother's dead They'll not have anywhere to go, wanderin' around from door to door Have a hard time Nobody on earth can take a mother's place when, when mother is dead, Lord” Mother’s Children have a hard time – Blind Willie Johnson Antes um adendo um dos foques dessa lenda do blues são as letras de cunho religioso. Mas é importante contextualizar, o músico nasceu em 1897 em um Estado bastante marcado por não ser lá muito receptivo a minorias e etnias distintas do W.A.S.P. (filosofia social estadunidense que coloca como centro das relações sociais daquele país os “white anglo saxon protestant”) e em seu contexto social é importante falar da história de que seu pai sempre o incentivou a ser pastor. Muito provavelmente esses fatores de seu contexto contribuíram bastante para sua formação religiosa. Essa lenda tem suas músicas regravadas por gente do porte de Led Zeppelin, Eric Clapton, Bo

Entrevista com a banda Critical Fear thrash metal!

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A banda Critical Fear já figurou algumas vezes em nossas páginas. Foi a primeira banda indicada na seção de “indicação de bandas” e esteve na coletânea que organizamos para a palestra na Semana de História da UNISO “Um novo olhar cultural: o heavy metal”. Um dos motivos por gostarmos tanto da banda é seu engajamento exalado tanto pelas letras e músicas como pelas atitudes do grupo. Um dos ótimos grupos do interior de São Paulo! A título de curiosidade indique as 10 melhores e mais regulares bandas de qualquer gênero do rock pesado(em ordem de preferência) : Top 10: Fala Irmão! As 10 melhores bandas: Nuclear Assault Madball Kreator Sepultura Cro-Mags Forbidden Vio-lence Agnostic Front Black Sabbath Evil Dead 1- 1- Resíduos Tóxicos - Perci primeiramente fale-nos um pouco do atual momento do Critical Fear. Critical Fear - A banda esta musicalmente falando vivendo sua melhor fase, conseguimos fechar a formação. Conseguimos uma certa e

Esdras

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Não é de hoje que o metalcore tem mostrado sua força no underground brasileiro. Tudo bem que tem bandas pouco criativas e chatas no meio... Mas isso convenhamos não é regalia do gênero. O Esdras é um grupo novo, formado em 2010, com proposta bem interessante e pode se destacar na cena. É apostar na qualidade do grupo e gravar um material bom, que tenho certeza que portas estarão abertas. Vai valer a pena vê-los ao vivo. Afinal, mesmo metalcore não sendo lá minha praia (confesso que gosto apenas de meia dúzia de bandas do estilo) consegui ver boas qualidades do grupo como algumas ideias legais nas letras e nas melodias. Por exemplo, em minha humilde opinião, o grupo tende a soar muito melhor que o novo trabalho do Black Tide, a suposta nova salvação do metal ¬¬ que está bem meia boca. O grupo traz boas influências de death metal e rap, graças às particularidades de seus integrantes. Vale a pena dar uma olhada no som e acompanhar esse novo nome da cena de Sorocaba.

Hugin Munin – Ten Thousand Spears for tem Thousand gods (2012).

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A proposta dessa poderosa banda de Santos é um tanto inusitada em termos de Brasil, fazer um heavy metal com doses cavalares de influência da cultura Escandinava, mais especificamente dos povos de origem viking. Tudo bem que tem gente que não gosta muito dessa linha seja por não ter assuntos que falem tecnicamente de nossa sociedade ou por se tratar de uma cultura um pouco distante da nossa... Mas dado o caráter universal da música underground e que este nosso Zine busca romper com cristalizações, não colocaríamos essas restrições. O som dos caras é inspirado, muito inspirado! E o grupo é bem audacioso e parece ter um bom conhecimento de mitologia nórdica. A começar pelas músicas que mais gostei: “Hugin Munin” e “Down to Niflheim” . Pesadas e melódicas na dosagem certa. O vocal de Surt é muito bom e em momento algum me soou enjoativo como outros que tem se arriscado por essas praias. Outra música que chama a atenção é “Ring of the Nibelung”, provavelmente baseada na ópera do c

Entrevista com a banda O Mito da Caverna crust/doom!

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Essa é uma daquelas entrevistas que sinto orgulho de publicar. A liberdade de poder perguntar sem ter medo de vir “bomba” do outro lado... É uma magia única! Quando escrevi essa entrevista decidi “caprichar” e extrair o máximo possível de conhecimento desses caras haha, fiz isso por nós do Resíduos e por aqueles fãs do subterrâneo pensante! Eu diria que as respostas do Augusto estão fascinadamente tão cheias de signos e simbolismo, rupturas e informações que parece uma letra do Mito. Haha. É de pirar! Uma entrevista que vale a pena parar, sentar e refletir. Ou melhor, uma entrevista que pode nos levar, mesmo que, por instantes a sair de nossa caverna... A título de curiosidade indique as 10 melhores e mais regulares bandas de qualquer gênero do rock pesado: Top 10: (Augusto Miranda...) Cara, confesso que essa, eu pularia, pois se restringe ao som pesado... O Tuna comenta que “ Se a subversão é um punheta, a liberdade é a filha vizinha ”... Então, creio que subverte